Coelho-bravo. Foto de Paul Brennan _ Pixabay

A trabalhar para saber como estão os nossos mamíferos

Publicada maior base de dados sobre mamíferos em Portugal

No âmbito da revisão do estatuto de ameaça e estado de conservação das espécies de mamíferos em Portugal foi feita uma compilação inédita de dados de ocorrências georreferenciados de mamíferos em Portugal Continental e arquipélagos dos Açores e Madeira. Esta base de dados pública inclui 105.026 registos de 92 espécies de mamíferos terrestres e marinhos desde 1873 a 2021, sendo que 72% dos dados correspondem ao período entre 2000 e 2021.

O projecto contou com a colaboração de cientistas das diferentes universidades portuguesas, consultores, técnicos dos centros de recuperação de vida selvagem, Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, Câmara Municipais e ONGs. Foi liderado por Clara Grilo, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM Ciências) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e os resultados foram publicados na prestigiada revista científica Ecology.

“Esta informação serve não só de base para a Revisão do Livro Vermelho de Mamíferos em Portugal mas também estará disponível a todos os interessados que pretendam estudar as espécies de mamíferos que ocorrem em Portugal Continental e arquipélagos dos Açores e da Madeira” destaca Clara Grilo.

Foca-monge. Foto: ICNF

Mais de 40 000 registos pertencem a espécies ameaçadas de acordo com o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal de 2005 e com a União Internacional para a Conservação da Natureza, tais como o coelho-bravo, a foca-monge-do-mediterrâneo e o lince Ibérico.

“Várias espécies de mamíferos terrestres estão ameaçadas pela perda de habitat e perseguição humana como o controlo de predadores ou atividades de caça ilegal e algumas espécies mamíferos marinhos estão ameaçadas pela colisão com navios, a poluição, a pesca de arrasto, e falta de recursos alimentares. Com este grande conjunto de dados é possivel desenvolver estudos mais robustos sobre os fatores que promovem a sua ocorrência e desta forma auxiliar no desenvolvimento estratégias de conservação para estas espécies em Portugal” conclui Clara Grilo.

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