Morcego-de-peluche. Foto: Steve Bourne / Wiki Commons

A trabalhar para saber como estão os nossos mamíferos

Há informação suficiente para

9

espécies de morcegos

Estimam-se menos de

4000

morcegos-de-ferradura-mediterrânicos

Haverá apenas

20

Colónias portuguesas

Morcegos (Chiroptera)

Esta é a Ordem a que pertencem os morcegos, o único grupo de mamíferos com capacidade para voar. Para se orientarem no escuro, usam um sistema acústico chamado ecolocalização.

Com 27 espécies, esta é a Ordem mais biodiversa de mamíferos de Portugal Continental.

Estas são as espécies ameaçadas em Portugal, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados, de 2005:

O estudo de morcegos não é fácil por várias razões, como a elevada riqueza de espécies, a sua semelhança tanto ao nível da morfologia como das vocalizações, a reduzida abundância de algumas espécies e a sua enorme mobilidade.

A recolha de informação sobre morcegos de Portugal é, por isso, uma prioridade nacional.

As espécies que serão prioritárias na recolha de informação são as que têm estado de conservação desconhecido (classificadas como DD) e as que ocorrem no nosso território mas não foram consideradas na última revisão do Livro Vermelho, em 2005, e no último relatório para a Diretiva Habitats. Dois exemplos são o morcego-hortelão-claro e o morcego-de-bigodes de Alcathoe.

Iremos dirigir o esforço de monitorização, em particular, para os abrigos de morcegos que albergam colónias muito importantes, pouco visitados ou albergando espécies difíceis de identificar, como o morcego-de-ferradura-mediterrânico (Rhinolophus euryale) e o morcego-de-ferradura-mourisco (Rhinolophus mehelyi).

“A primeira vez que tive contacto directo com morcegos foi em 2003 num Campo de Trabalho Científico, organizado pela Sociedade de Mamalogia Holandesa no Parque Natural do Alvão onde, à data, era Técnico Superior. Desde então, a ligação e o fascínio por estes mamíferos voadores nunca foram quebrados”, recorda Paulo Barros, ligado à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

“O desconhecimento generalizado destes mamíferos, a dificuldade na sua monitorização e identificação e a complexidade de abrigos e habitats onde ocorrem são, sem dúvida, o mais desafiante no estudo dos morcegos. O estado de conservação desfavorável de muitas espécies de morcegos também é um repto para o seu estudo”, salienta o mesmo responsável. 

* referências de ocorrência bastante antigas e não podem ser confirmadas por exemplares de Museu

Espécies conhecidas em Portugal Continental

  • Morcego-de-ferradura-grande (Rhinolophus ferrumequinum)
  • Morcego-de-ferradura-pequeno (Rhinolophus hipposideros)
  • Morcego-de-ferradura-mediterrânico (Rhinolophus euryale)
  • Morcego-de-ferradura-mourisco (Rhinolophus mehelyi)
  • Morcego de Bechstein (Myotis bechsteinii)
  • Morcego-rato-grande (Myotis myotis)
  • Morcego-rato-pequeno (Myotis blythii)
  • Morcego-de-franja do Sul (Myotis escalerai)
  • Morcego-de-franja-críptico (Myotis crypticus)
  • Morcego-lanudo (Myotis emarginatus)
  • Morcego-de-bigodes (Myotis mystacinus)
  • Morcego-de-bigodes de Alcathoe (Myotis alcathoe)
  • Morcego-de-água (Myotis daubentonii)
  • Morcego-anão (Pipistrellus pipistrellus)
  • Morcego de Kuhli (Pipistrellus kuhlii)
  • Morcego-pigmeu (Pipistrellus pygmaeus)
  • Morcego de Nathusius (Pipistrellus nathusii) *
  • Morcego de Savi (Hypsugo savii)
  • Morcego-arborícola-gigante (Nyctalus lasiopterus)
  • Morcego-arborícola-pequeno (Nyctalus leisleri)
  • Morcego-arborícola-grande (Nyctalus noctula)
  • Morcego-hortelão-escuro (Eptesicus serotinus)
  • Morcego-hortelão-claro (Eptesicus isabellinus)
  • Morcego-negro (Barbastella barbastellus)
  • Morcego-orelhudo-castanho (Plecotus auritus)
  • Morcego-orelhudo-cinzento (Plecotus austriacus)
  • Morcego-de-peluche (Miniopterus schreibersii)
  • Morcego-rabudo (Tadarida teniotis)

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