Visão-americano (Neovison vison). Foto: Ryzhkov Sergey

A trabalhar para saber como estão os nossos mamíferos

Espécies do Livro Vermelho: Curiosidades sobre o visão-americano

O visão-americano (Neovison vison) é uma espécie de mamífero que foi introduzida em Portugal, estando a sua presença confirmada no norte do país.

Quanto mede e pesa

A fêmea mede 32 a 37 centímetros de comprimento corporal e 13 e 20 centímetros de cauda, pesando entre 450 e 810 gramas. Já o macho tem um comprimento corporal de 32 a 45 centímetros e uma cauda com 16 a 23 centímetros, apresentando um peso que varia entre 840 gramas e 1,80 quilos.

O que come

Por ser um carnívoro oportunista e generalista, pode variar muito a sua dieta. Pode consumir presas aquáticas (peixes e lagostim), semi-aquáticas (aves aquáticas, anfíbios e mamíferos associados ao meio aquático) e terrestres (micromamíferos e lagomorfos).

… e que animais é que o comem

Outros carnívoros (como lobo ou raposa), aves de rapina e cobras (podem alimentar-se das crias).

Onde vive e por quantos anos

Por ser uma espécie generalista, altamente adaptável, o visão-americano ocupa habitats com características diferentes. Tem preferência por corpos de água (rios, lagos e lagoas) com vegetação ou rochas que sirvam de abrigo, próximas. Pode viver entre 3 a 4 anos.

Quantas ninhadas tem por ano e com quantas crias

Este mamífero tem 1 ninhada por ano, com 4 a 7 crias. Quanto ao tempo de gestação, prolonga-se cerca de 28 dias, mas pode no entanto variar entre 39 e 76 dias, devido à possibilidade de ocorrência de uma pausa no desenvolvimento dos embriões (diapausa embrionária).

Quais são as estratégias de caça

Salta sobre as presas, mordendo-as na parte de trás da cabeça ou na zona do pescoço.

Onde se podem encontrar em Portugal

A espécie foi introduzida em Portugal e tem a sua presença confirmada no norte do país.

O que nos fascina e surpreende nesta espécie

A sua audição apurada que lhe permite detetar vocalizações ultrassónicas de presas, como roedores.

Qual é o seu papel na manutenção de ecossistemas saudáveis

Nos locais onde é nativo, reduz o número das suas presas. Nos locais onde é introduzido, como acontece em Portugal, pode exercer atividade predatória sobre espécies nativas e competir com predadores nativos, particularmente com outros mustelídeos semi-aquáticos (lontra, toirão e visão-europeu).


Autor: Marta Dias

Marta Dias é membro da equipa do projecto do Livro Vermelho dos Mamíferos. É estudante de mestrado de Biologia da Conservação, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com particular interesse no grupo dos mamíferos carnívoros.

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