Em Portugal, as baleias-piloto (Globicephala melas) são vistas com mais frequência na zona norte do país, na margem da plataforma continental.
Quanto medem
Os machos podem atingir os 6 metros de comprimento, enquanto as fêmeas atingem apenas 5 metros.
O que comem
A análise de conteúdos estomacais de baleias-piloto indicam que estas se alimentam principalmente de cefalópodes. Podem também alimentar-se de alguns peixes formadores de cardume.
Onde vivem e onde se podem encontrar em Portugal
A baleia-piloto está amplamente distribuída nas águas temperadas e subárticas no Atlântico Norte e do hemisfério sul, estando ausente em águas tropicais. As populações dos dois hemisférios estão separadas e alguns autores defendem a ocorrência de duas subespécies (melas no Atlântico Norte e edwardii no hemisfério sul).
É uma espécie oceânica com uma certa preferência por zonas de talude. No Atlântico Norte, a sua distribuição também parece relacionar-se com áreas com elevadas concentrações de clorofila e baixas temperaturas de água. A sua distribuição e movimentos parecem estar relacionados com a distribuição das suas presas.
Em Portugal, as baleias-piloto são vistas com mais frequência na zona norte do país, na margem da plataforma continental.
Quantos anos vivem e qual o seu ciclo de reprodução
No Atlântico Norte, a época de reprodução ocorre entre abril e setembro e a gestação dura 15 meses. As crias nascem com cerca de 1,5 a 2 metros, entre 70 e 80 kg de peso e são amamentadas durante 23 a 27 meses. A longevidade é estimada em 25 anos.
Principais ameaças
As principais ameaças a esta espécie são a captura acidental em artes de pesca e a exposição a contaminantes químicos.
Comportamento
As baleias-piloto são animais extremamente sociais apresentado um comportamento gregário, sendo possível encontrar grupos constituídos por centenas de indivíduos, embora o mais comum seja grupos com 10 a 20 animais. Estes grupos são baseados em linhas matrilineares.
Autora: Marisa Ferreira
Marisa Ferreira é membro da equipa do projeto do Livro Vermelho dos Mamiferos. É também membro da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem, co-coordenadora da Rede Regional (Norte) de Arrojamentos e do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos, com particular interesse em mamíferos marinhos e a sua interação com atividades humanas.